1993: Ano Internacional dos Povos Indígenas do Mundo

1995 / 2004: Primeira Década Internacional dos Povos Indígenas

2005 / 2014: Segunda Década Internacional dos Povos Indígenas

2019: Ano Internacional das Línguas Indígenas

2020: Ano Internacional da Saúde Vegetal


sábado, 21 de maio de 2011

Manifesto pelos direitos das mulheres indígenas brasileiras


 Imagem extraída do Google

Nós Mulheres Indígenas, Lutamos pela efetivação de construção as políticas públicas voltadas às mulheres indígenas, na demarcação das terras, na educação diferenciada, na saúde de qualidade para a mulh er e a criança indígena, Entendemos que devemos ser incluídas nos espaços públicos do qual estamos excluídas há muitos séculos. Acreditamos sermos as verdadeiras agentes de transformação, contribuindo assim para a construção de um mundo mais justo e fraterno. Pela valorização das mulheres indígenas, elencamos 13 diretrizes para contribuir com o novo governo para a realização das ações afirmativas. 13 DIRETRIZES DA MULHER INDÍGENA - EMPODERAMENTO, AUTONOMIA, PROTAGONISMO, EQÜIDADE DE GENERO 1 – Criação da SUBSECRETARIA DA MULHER INDÍGENA no Governo Federal e nomear uma MULHER INDIGENA para essa FUNÇÃO, com AUTONOMIA FINANCEIRA, para desenvolver projetos sociais para os POVOS INDÍGENAS 2 – Assegurar maior REPRESENTAÇÃO da MULHER INDÍGENA no Governo, com a inclusão efetiva da mulher em instancias de poder, como nos Conselhos Consultivos, Ministérios e Secretarias. 3 – Assegurar a PARTICIPAÇÃO da MULHER INDÍGENA nos processos de decisões que afetem seus interesses e demandas. 4 – Garantir 30% de VAGAS à mulher indígena nas FUNÇÕES E CONCURSOS PÚBLICOS. 5 – Criar o PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL da MULHER e da CRIANÇA INDIGENA 6 – Garantir saúde de qualidade com a criação do “PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAUDE da mulher e da criança indígena”. 7 – Demarcação e apoio à GESTÃO TERRITORIAL, POLÍTICA E ECONÔMICA das TERRAS INDIGENAS. 8 – Planejamento, Desenvolvimento e implementação de PROJETOS ESPECÍFICOS E AUTO-SUSTENTÁVEIS para a mulher indígena. 9 – ERRADICAÇÃO do ANALFABETISMO e inclusão de PROGRAMAS EDUCACIONAIS, bem como acesso efetivo à EDUCAÇAO SUPERIOR e CULTURAIS para as MULHERES INDIGENAS. 10 - POLITICAS PÚBLICAS EFETIVAS voltadas para as Mulheres Indígenas, como a QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, CURSOS DE INFORMÁTICA NAS ESCOLAS INDIGENAS. Amplo acesso às UNIVERSIDADES. 11 – Criação de PROGRAMAS DE VALORIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL pa ra a inserção no MERCADO DE TRABALHO COMO PROFISSIONAIS, GERAÇÃO DE RENDA E EMPREGO para as Mulheres Indígenas. 12 - Criação de PROJETOS DE ESPORTE E LAZER nas Comunidades Indígenas para o combate a todo tipo de violência contra a mulher e criança indígena. 13 – Fortalecimentos e estimulo à palavra da Mulher Indígena como fator relevante sobre as questões familiares, comunitárias e culturais da sociedade nacional. “a palavra da mulher é sagrada como a terra” (palavras de um sábio líder indígena) CONAMI - Conselho Nacional de Mulheres Indígenas - Articulação, Promoção, Apoio e Defesa O Conselho Nacional de Mulheres Indígenas - CONAMI, criado em 23 de setembro de 1995, é uma entidade da sociedade civil, atua com equipes itinerantes nas diversas comunidades indígenas, lutando pelo protagonismo, autonomia e pela eqüidade de gênero, com acesso de oportunidades. Missão: Articular, defender, promover e apoiar a luta pelos direitos das mulheres in dígenas, instrumentalizando-as no conhecimento das leis para o enfrentamento da violência, do racismo, discriminação e o preconceito, para que as mulheres sejam respeitadas e valorizadas na sua forma de vida tradicional e cultural, para que atuem em espaços de diálogo junto aos gestores públicos, buscando uma melhoria na qualidade de vida. CONAMI - Conselho Nacional de Mulheres Indígenas: Articulação, Promoção, Apoio e Defesa

101 indígenas se formam em Magistério, na Bahia


 No dia 20 de maio de 2011, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) e Instituto Anísio Teixeira, promoveram a formatura de 101 alunos(as) do curso de Magistério Indígena, em Salvador.
O objetivo do Curso é preparar os professores para o exercício do magistério em classes de educação infantil e ensino fundamental, séries iniciais, baseado nos princípios de uma educação específica, diferenciada, intra e intercultural nas 60 escolas indígenas.
Conforme a SEC, o exercício docente será assumido por professores indígenas, dotar as escolas indígenas de professores com formação em nível médio. Outra meta é a Licenciatura Intercultural, em curso na Bahia, atendendo a 188 indígenas e acolhendo hoje mais de 80% dos concluintes dessa turma de Magistério. Foi também produzida uma diversidade de material didático (livros, cartilhas e vídeos, entre outros recursos) para uso nas escolas  junto aos Kiriri, Kaimbé, Pataxó, Pataxó hã hã hãe, Tupinambá, Tuxá, Pankararé, Xucuru Kariri, Pankaru,Tumbalalá e Kantaruré. 
Na Bahia, o programa de educação indígena az parte da política educacional construída no diálogo com o Fórum Estadual de Educação Indígena, “levando em conta as especificidades socioculturais de cada povo e seus projetos societários, assumindo o compromisso de melhorar a qualidade da educação oferecida a esses povos, contribuindo assim para a ascensão social das pessoas que compõem as comunidades indígenas de nossa terra” (SEC/Bahia).

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Foto extraída do Google.
          Blog Pensamentações de Ademario Ribeiro.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Literatura Indígena e Resistência

 Foto extraída do blog de Eliane Potiguara. Feira do livro indígena em Mato Grosso

8º. Encontro de Escritores e Artistas Indígenas

Tema: Literatura Indígena e Resistência
dx
               Local: Centro de Convenções SulAmérica
         Data: 14 a 16 de junho de 2011.
Justificativa
Diz-se que a literatura indígena está em franco crescimento o que é possível constatar pelo número de títulos que são publicados a cada ano tendo como autores indígenas de diferentes povos e regiões brasileiras.
Da parte dos autores há uma certeza: a literatura é um instrumento de resistência como o maracá o é da cura, do equilíbrio e do sonho. Ambos instrumentos são necessários para resgatar a memória ancestral e para lembrar que precisamos manter o céu suspenso. Ambos instrumentos são coletivos e servem para proteger o sono daqueles que lutaram para que chegássemos ao hoje e caminhássemos em direção ao último por do sol.
É com este objetivo que propomos a realização deste seminário no contexto do 12º. Salão FNLIJ do Livro Infantil e Juvenil desejando oferecer uma contribuição para melhor compreensão da presença indígena no Brasil e como este novo instrumento = a literatura – tem sido utilizado para ampliar a visão da sociedade brasileira sobre a riqueza da sociodiversidade indígena.
Além disso, queremos trazer uma pequena mostra de como a literatura indígena está sendo objeto de estudos nas universidades convidando alguns pesquisadores para fazer uma comunicação breve de suas pesquisas.

SEMINÁRIO FNLIJ-INBRAPI
Tema: Literatura Indígena e Resistência

Programação do Seminário FNLIJ – 16 de junho de 2011.


Parte da manhã
Ritual e apresentação dos convidados
Mesa de Abertura
Beth Serra (FNLIJ), Daniel Munduruku (Instituto UK’A) Cristino Wapichana (NEArIn), Patrícia Lacerda (Instituto C&A)

Mesa 01 - Contando histórias com a vida
Esta mesa objetiva ser um momento em que cada membro possa testemunhar suas lutas a favor dos povos indígenas brasileiros.
Convidados:
Ailton Krenak, (mediador)
Jacy Makuxi – Povo Makuxi/RR
Marcos Terena – Povo Terena/MS
Estevão Taukane – Povo Kura-Bakairi/MT
Manoel Moura – Povo Tukano/AM

Mesa 02 - Poéticas da resistência.
Esta mesa irá trazer a fala de indígenas que estejam produzindo textos com temas sociais e que reforcem a luta pela identidade étnica de nossos povos.

Convidados.
Ademario Ribeiro – Povo Payayá/BA
Graça Graúna – Povo Potiguara/RN
Eliane Potiguara – Potiguara/RJ
Olívio Jekupé – Guarani/SP
Severiá Xavante – Povo Xavante/MT (Mediação)

Parte da tarde
Sorteio da pontualidade (livros e arte indígenas)

Mesa 03 - O lugar da literatura indígena na academia: questões em aberto.
Esta mesa pretende trazer comunicações de pesquisadores não-indígenas sobre o lugar da literatura indígena no meio acadêmico.
Luis Fernando Nascimento (Universidade de Taubaté/SP) – A [re] construção da identidade indígena pela Literatura: Munduruku e o diálogo com a tradição.
Cassiane Ladeira ( Universidade Federal de Juiz de Fora/MG)- Poética da migração: uma leitura de Metade cara, metade máscara, de Eliane Potiguara
Alcione Pauli (Univille/SC) – Era uma vez... o poder da floresta e a sabedoria das águas num lugar não tão distante...
Ana Maria Almeida (UNIFESO/RJ) – Literatura Afro-brasileira e indígena na escola: A mediação docente na construção do discurso e da subjetividade.
Graça Grauna (Mediação e organização)

Mesa 04 - Sarau de poéticas indígenas com Marcelo Manhuari, Elias Yaguakã, Cristino Wapichana, Carlos Tiago, Ademario Ribeiro, Graça Graúna, Eliane Potiguara... e  quem mais desejar interagir.

Coquetel de encerramento do seminário com a presença de Beth Serra, da FNLIJ.
Lançamento coletivo de livros Indígenas e da Coleção Nheengatú – Editora Valer/AM

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Literatura indígena em Simpósio Internacional na UFJF


Simpósio Internacional Literatura. Crítica, Cultura V

Literatura e Política

 Programação

 

3ª. Feira – 24/05/2011
10h – Conferência de Abertura
14h às 17h – Comunicações de alunos de Programas de Pós-Graduação
17h – Coffee-break e lançamentos de livros
18h – 1ª mesa redonda – Literatura Indígena
Mediadora: Prof.ª Dr.ª Teresinha Vânia Zimbrão da Silva
Prof.ª Dr.ª Maria das Graça Graúna (UPE)
Prof.ª Dr.ª Maria Inês de Almeida (UFMG)
Prof. Dr. Charles Bicalho (UFMG)
20h – 2ª mesa redonda – Delírios da linguagem, políticas da vida: diálogos com Deleuze e Guattari
Mediadora – Prof.ª Dr.ª Terezinha Maria Scher Pereira
Prof. Dr. Alberto Pucheu Neto (UFRJ)
Prof.ª Dr.ª Ana Paula Kiffer (PUC-Rio)
Prof. Dr. André Monteiro Guimarães Dias Pires (UFJF)


 4ª. Feira – 25/05/2011
8h – 3ª mesa redonda – Literatura e resistência: dos marginais de 70 aos atuais
Mediador: Prof. Dr. Alexandre Graça Faria
Prof.ª Dr.ª Érica Peçanha do Nascimento (USP)
Prof. Dr. Allan Santos da Rosa (USP)
Prof. Dr. Alexandre Graça Faria (UFJF)
10h – 4ª mesa redonda – Literatura e ditadura: três vozes exemplares
Mediadora: Prof.ª Dr.ª Prisca Rita Agustoni de Almeida Pereira
Prof.ª Dr.ª Patricia Peterle Figueiredo Santurbano (UFSC)
Prof.ª Dr.ª Rosvitha Friesen Blume (UFSC)
Prof. Dr. Edimilson de Almeida Pereira (UFJF)
14h às 17h – Comunicações de alunos de Programas de Pós-Graduação
17h – Coffee-break e lançamentos de livros.
18h – 5ª mesa redonda – Escritas de si e política
Mediadora: Prof.ª Dr.ª Jovita Maria Gerheim Noronha
Prof.ª Dr.ª Maria Alice Rezende de Carvalho (PUC Rio)
Prof.ª Dr.ª Maria Margarida Martins Salomão (UFJF)
Prof.ª Dr.ª Jovita Maria Gerheim Noronha (UFJF)
20h – 6ª mesa redonda – Poesia e política
Mediador: Prof. Dr. Fernando Fábio Fiorese Furtado
Prof. Dr. Carlos Felipe Moisés (USP)
Prof. Dr. Alckmar Luiz dos Santos (UFSC)
Prof. Dr. Wilberth Claython Ferreira Salgueiro (UFES)


 5ª. Feira – 26/05/2011
8h às 12h – Comunicações de alunos de Programas de Pós-Graduação
15h às 17h – 7ª mesa redonda – Literatura e Política
Mediadora: Prof.ª Dr.ª Enilce do Carmo Rocha Albergaria
Prof.ª Dr.ª Rita Chaves (USP)
Prof. Dr. Benjamin Abdala Júnior (USP)
Prof.ª Dr.ª Barbara Inês Simões Daibert (UFJF)
18h – Conferência de Encerramento –  Prof.ª Dr.ª Tereza Cristina Cerdeira da Silva, da UFRJ